18 de fev. de 2010

um personagem: Linus van Pelt



Linus foi o meu personagem de desenho animado preferido, por várias razões que agora eu poderia enumerar, mas tomaria muito espaço e tempo. Digo quatro:

- A semelhança física; cabeçudo e magrelo;

- Sempre questionando algo, ou simplesmente problematizando uma intenção (algo que deixava meus amigos p* da vida);

- Uma irmã tão amável e intrometida quanto a Lucy ( irmã do Linus);

- Ser um pouco sonhador e ter um humor estranho, mas apenas para o resto da humanidade.

Hoje, revendo alguns episódios tenho certeza que aquele humor meio depressivo me atingiu de forma particular. Os questionamentos filosóficos (mesmo modestos) eram, na época, também os meus; amores, amigos, família, a questão da funcionalidade da escola, a humanidade que não me compreendia, em outra palavras, interrogações de toda criança precoce.

O que mais gostava na persona do Linus van Pelt era a sua lealdade para com os amigos. Impossível não adorar um moleque que vivia grudado no cobertorzinho azul, que acredita na Grande Abóbora como uma divindade do Halloween e dizia frases como: “- Eu gosto da humanidade, mas não gosto das pessoas.”

Como se não bastassem essas excentricidades, Linus é quase tão (ou mais) filósofo quanto Charlie Brown, e algumas de suas frases ficaram famosas.


No episódio do Dias dos Namorados, quando ele vai a loja comprar uma caixa de bombons para dar a professora, aí ele encontra uma menininha da escola (não sei o nome dela) na loja e ele diz que vai dar os bombons a professora, aí ela diz:

- Não é uma boa idéia se apaixonar pela professora.

E ele responde:

-Não falei que tô apaixonado por ela? Simplesmente disse q gosto muito do chão que ela pisa!


"Charlie Brown, de todos os Charlie BrownS do mundo, você é o pior!"


Linus vê uma folha caindo de uma árvore. Pára diante dela no chão e diz: você não será feliz aqui…


- Gastei todo meu dinheiro, fiz papel de palhaço.... (atirando os bombons na ponte) esse é para o amor! Esse é para o dia dos namorados! Esse é para o romance! Esse é para Romeu e Julieta! Esse para o love store! E esse aqui... (e o Snoopy e o Woodstock comendo os bombons que o Lino atira).


(Charlie Brown) : você sabe o que é um teste de estresse Linus?

(Linus Van Pelt): Sei, eu moro com um! (referencia super carinhosa a sua irmã).


"... irmãos e irmãs não deveriam pertencer a mesma família..."


“As pessoas compram animais de estimação por motivos muito estranhos.


"O som de uma grande verdade sempre me entristece"


"Melhor impressionar mal, do que não impressionar em nada..."


“o tamanho do chocolate que vc compra é diretamente proporcional ao amor que vc tem pela pessoa... a senhorita Otromar irá adorar


- Eu não sou seu moranguinho!!!


- O importante não é o prêmio, mas sim você ter vencido a corrida (no desenho da corrida de motos, quando o Charlie Brown venceu a corrida mas o prêmio eram cortes de cabelo e ele é careca...)


- Você tem um irmão que te ama muito!! (após ter escutado as reclamações constantes da Lucy)


Charlie Brown:"... como você pode aguentar isso e me dizer que este é um mundo melhor?!"

Linus: "Eu estou nele agora."


Quando o Snoopy foge com o circo e o Charlie Brown fica arrasado o Linus tenta consolá-lo: "A vida não é só ração de cachorro!"


Lucy:

- você sabe o que mantém as estrelas no céu, Linus?

- bem, eu não sei ao certo..

tachinhas?


Falando para Lucy que o chamou de gordo:

"Como vc pode dizer que estou gordo?

“Estou apenas com estomago musculoso”


Linus: eu nunca mais vou ter que ir a escola!

Lucy: mas as ferias de verão só duram 2 meses

Linus: Para uma pessoa como eu 2 meses é nunca!


"A Grande Abóbora vai sair voando do canteiro de abóboras!"


"Um canteiro de abóboras é pura sinceridade!"


- Se há 3 coisas que aprendi a não discutir com as pessoas são: religião, política e a Grande Abóbora!


"Eu fui vitima de uma falsa doutrina..."

Após ouvir as gozações de Charlie Brown e Lucy sobre a grande abóbora!


"Tanta bala perdida no mundo, e nenhuma quando mais se precisam delas."


"O objetivo da escola é estudar, estudar e estudar; para ir para o segundo grau, e estudar, estudar e estudar; para ir para a faculdade, e estudar, estudar e estudar; para conseguir um bom emprego, constituir família, ter filhos. Filhos que vão para a escola, para estudar, estudar e estudar..."

Linus e Charlie Brown descendo a rua...


Aquela é moça é tão linda.. e ainda por cima tem cheiro de papelaria.


"Que lástima, Charlie Brown."

12 de fev. de 2010

UMa escolha: Os melhores cartazes de filme 2009 -The Auteurs

The Auteurs é um site norte-americano que fornece acesso a uma imensa selecão de filmes de qualidade para visionamento em streaming de óptima definição , podendo encontrar títulos tão distintos como “Dogville” de Lars Von Trier, “O Despertar da Mente” de Michel Gondry, “Mulholland Drive” de David Lynch e muito filme alternativo (ou de arte), telvez por isso os seus "melhores" não coincidiram (excessão do cartaz de O Anticristo) com os do IMP Awards. Vejamos:

Exposição Virtual VI: templos do tempo





uma votação: os melhores cartazes de 2009 - IMP Awards

O Internet Movie Poster Awards (site especializado em cartazes de filmes) divulgou os eleitores "melhores e os piores cartazes do cinema e da televisão em 2009". Vejam:
melhor CARTAZ DE CINEMA - O imaginário do Dr. Parnassus

melhor TEASER DE CINEMA - Up - Altas Aventuras

CARTAZ DE CINEMA MAIS ENGRAÇADO - The men who stare at goats

CARTAZ MAIS ATERRORIZANTE - O anticristo

CARTAZ MAIS CORAJOSO = Amor sem escalas

melhor CARTAZ DE TELEVISÃO = True Blood

PIOR CARTAZ DE CINEMA = Maluca Paixão


uma divulgação: maranharte



Minha arte para o blog Maranharte

11 de fev. de 2010

um exercício: Detalhes de Olhar






Detalhes do Olhar é o trabalho da disciplina Imagem Digital (Prof. joão Bonelli), Especialização em Design Gráfico - UFMA.
No qual a equipe composta por Daniel Martins, Cloves Ribeiro, Francisco Junior utilizaram a música-poema Louvação a São Luís, do poeta Bandeira Tribuzi.



1 de fev. de 2010

Uma perda/ um ganho: NÓs

Estranha a sensação de perda. Não qualquer perda, mas a que carrega consigo o gosto acre da desilusão. Algo que outrora era verdade, agora, neste minuto, tornou-se equívoco.

Mesmo não confessando, sabemos como tal perda se inicia. Detalhes, pequenos detalhes, coisas que fazemos de conta que não existiam, algo insignificante, atos que os olhos hipnotizados acreditam serem outros predicados, mas chama-se “individualidade”.
Por alguns momentos, e estes instantes podem durar horas, meses ou anos, somos levados a acreditar na linguagem da comunhão, nas juras de compromisso, nas frases feitas da cumplicidade. Tudo quimera! teorias unanimemente aceitas por aqueles que crêem no viver a dois. Contudo, alguém tem que dar o primeiro passo, um passo leve, com jeito de cansaço, como se quisesse apenas ter um tempo só pra si. O outro, entretanto, nota-se tolo, como um ser delicadamente levado a crer coletivamente e sentado a esperar.

E nesta espera percebe que quase perdera a sua personalidade, a sua quota de referencias, a sua lista dos dez mais. Tornara-se metade novamente, e igualmente viu-se despedaçado pela razão. E outra vez conclui que não é apenas o “ter”, o possuir, o que vale, mas o valor que damos a esse querer.

Essa perda, essa estranha perda nos proporciona uma dor tão fria que, se não tomarmos cuidado, acreditaremos realmente que nunca mais pronunciaremos um “NÓS”.


No dia seguinte:


Estranha a sensação de ganho. Não qualquer lucro, mas a que carrega consigo o gosto doce da verdade. Algo que outrora era fato, agora, neste minuto, tornou-se equivoco.

Mesmo não confessando, sabemos como tal dúvida se iniciou. Detalhes, pequenos detalhes deturpados, coisas que fazemos de conta que existem, algo insignificante perto do que os olhos confiantes sabem serem verdadeiros predicados, estes se chamam “reciprocidade”.
Por alguns momentos, e nestes instantes foram apreciados cada segundo-martírio, fomos levados a acreditar na linguagem da confusão, nas vaidades da desobrigação, nas citações-feitas dos que não souberam amar. Tudo fantasia! teorias amplamente divulgadas por aqueles que crêem no viver avulso. Contudo, alguém tem que dar o primeiro passo, um passo ligeiro, com jeito de esperança, como se quisesse ter todo tempo do mundo só para amar. O outro, desconfiado, nota-se desejado, como um ser arrebatadoramente levado a crer no viver a dois.

E nesta decisão percebe que não perderá a sua personalidade, a sua quota de referências, a sua lista dos dez mais, no mas, mais dez. Tornara-se metade novamente, e igualmente se ver unido pela emoção. E conclui que não é apenas o “perceber”, o deduzir, o que vale, mas o valor que damos a esse querer compreender a dois.

Esse ganho, essa estranha dádiva nos proporciona uma felicidade tão sublime que, se aprendermos mesmo a lição, realmente nunca mais precisaremos ser apenas um “eu”.