11 de abr. de 2009

Os cartazes - Parte II

Vamos para mais posters preferidos. Agora são aqueles cartazes que saiam em forma de ficha na revista SET, que por sinal, lançou seu ultimo número este mês. Colecionei a revista desde o primeiro número (1987) até o ano de 2004, sem sombra de dúvida foi meu melhor amigo (ou amiga) de infância. Durante muito tempo a revista trouxe oito fichas de filmes de várias épocas, depois (acho que no início de 2000), passaram a ser só quatro e por fim sumiu. Recentemente apareceram novamente, mas apenas os filmes mais modernos. A preocupação com a ficha técnica e as notas que vinham atrás dos micro-posters eram um deleite para qualquer cinéfilo. Os cartazes mais antigos eram originais, isto é, com grifos em inglês, frances ou alemã (dependendo da nacionalidade). O primeiro que eu me lembro é d´O homem elefante, do David Lynch, em preto e branco, como o filme o é. Passei um bom tempo imaginando como seria o rosto do John Merick e imagino que era essa a intenção do autor do cartaz, despertar a curiosidade. Espaçou-se mais de vinte e cinco anos para assisti-lo. Esse ano conseguir retirar o capuz do filme, perfeito. Outro cartaz em preto-e-branco é do filme Singles (vida de solteiro), o filme ao contrário é muito colorido e alegre, nas a intenção era passar a idéia daquele grupo que usava camisas de flanelas e ouviam músicas de grupos de rock de Seattle. The rocky horror pucture show e Crimes de paixão são simples e deliberadamente provocantes, o primeiro até lembra o de Garganta profunda, o segundo é estrelado pela Kathleen Turner, nunca mais esqueci a China Blue e seus encontros sexuais.
O cartaz de Brazil (de Terry Gilliam) é uma obra-de-arte, o curioso é que em outros países o cartaz foi diferente, grotescamente inferiores.
Febre da selva (de Spike Lee) e Platoon (de Oliver Stone) tentam divulgar a alma do filme e conseguem ser poéticos e polêmicos (se referindo aos americanos, é claro!). O de O povo contra Larry Flynt foi proibido logo na primeira semana, lembro que até a SET o quis na capa, mas não deu, era ofensivo demais, mais o que colocar no cartaz do filme que era a biografia do dono da Hustler , a revista mais ginecológica na América? Lembrei do cartaz de Matador (que também demorou alguns anos até desvendá-lo) e o de O Amante, tão terno que esquecemos que se trata de um filme com um tema meio pedófilo.
Um dos melhores site voltado só para essa arte é o IPM Awads que publica todos os cartazes que saem por aí (até mesmo os promocionais de seriados e minisséries americanas, que em alguns casos estão superando até os dos longas) e todo ano elege os melhores, segundo os mesmo os requisitos são essencialmente design gráfico e apelo ao público, esses são os vencedores dos anos de 2000 a 2008. Você concorda?

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