Depois de dez minutos de imagens, belas imagens por sinal! Temos a sensação que algo irá dar errado, como se nenhum ser humano merecesse tal realidade. Um professor de filosofia da arte, um filho pequeno, uma casa no campo, uma família. É uma comodidade que nos interessa, mas não vemos sentido algum nos outros, principalmente para alguém que, aparentemente, teve sucesso no campo profissional e familiar. É quando, no aniversário desse talentoso homem, percebemos o inevitável; “o ser humano nunca estar satisfeito, e acabado as ansiedades superficiais, surgem as filosóficas, algumas até patéticas.
O Sacrifício (Andrei Tarkovski, Offret, Suécia/França/Inglaterra, 1986) é teatral, imagético e angustiante demais e é proporcionalmente profético . Um longo elogio as dúvidas existenciais, que nos fazem seguir rente em um caminho de floresta..., ou desistir de vez. Ao final da obra fica a voz do filho que até então não pronunciara um grunhido sequer, ao observar a árvore plantada pelo pai, pergunta;
- No início era o verbo – ação primordial do espírito. "Por que, meu pai, por quê?".
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