27 de jun. de 2010

Insight Cinematográfico VI

Mais dois filmes

Um artigo; sobre a poética segundo Schiller

Foi publicado um artigo de minha autoria em parceria com o Prfº Almir Ferreira (DEFIL/FMA) sobre a poética segundo o filósofo e dramaturgo Friedrich Schiller na revista Littera do Curso de Letras da UFMA.

Schiller é considerado o Shakespeare alemão, recebendo elogios de outros célebres contemporâneos, como Goethe, que o considerou o "o homem do verdadeiro, bom e belo" e Thomas Mann, que o qualificou como a "apoteose da arte".


Para ter acesso ao artigo, clik AQUI

22 de jun. de 2010

Insight Cinematográfico V

Domingo, 23;00 h. Com uma certa insônia, resolvo asssitir a um filmes dos ESSêNCIAIS. Escolho, Morte em Veneza, do Viscoti, já presentindo que, ao passo de meia hora de "projeção" pegarei no noso e asssitirei o restante no dia seguinte. Todo engano, deparo-se com este diálogo abaixo (que mais parece uma discussão entre Nietzsche e Schopenhauer) e com uma obra que há dois dias não sai da minha cabeça. Magistralmente interpretado (Dirk Bogard), dirigido e musicado (a trilha sonora , segundo o google, é do compositor austríaco Gustav Mahle) o filme é baseado em uma novela de Thomas Mann. Pretendo assistí-lo novamente.

- Belo. Queres dizer, a tua concepção espiritual de belo.
- Mas negas que o artista possa criar a partir da imaginação?
- Sim. Gustav, isso é exatamente o que eu nego.
- Então, no teu entender, o nosso trabalho enquanto artistas é ...
- Trabalho, exatamente! Acreditas mesmo que o belo provém do trabalho?
- Sim, acredito.
- Eis como o belo nasce. Assim. Espontaneamente. Totalmente indiferente ao nosso trabalho, Preexiste a nossa presunção de artistas. O teu grande erro, meu caro amigo, é considerar a vida, a realidade como uma limitação.
- Mas não é assim mesmo? A realidade apenas nos confunde e avilta. Sabe, por vezes, penso que os artistas são como caçadores que atiram no escuro. Desconhecem o alvo e não sabem se o atingiram. Mas não podemos esperar que a vida nos mostre o que a arte é. A criação de beleza e pureza é um ato espiritual.
- Não, Gustav. Não! A beleza pertence ao mundo dos sentidos. Apenas aos sentidos.
- Não podemos alcançar o espírito. Não podemos alcançar o espírito através dos sentidos. É impossível. É apenas através do completo domínio dos sentidos que podemos alguma vez alcançar sabedoria, verdade e dignidade humana.
- Sabedoria? Dignidade humana? De que nos servem? O gênio é uma dádiva divina. Não, é uma perturbação divina. Uma chama súbita pecaminosa e mórbida de dons naturais.
- Rejeito as virtudes demoníacas da arte.
- E estás errado! O mal é imprescindível. É o alimento do gênio
- Sabes, a arte é a mais elevada fonte de educação e o artista tem de ser exemplar. Deve ser um modelo de equilíbrio e força. Não pode ser ambíguo.
- Mas a arte é ambígua. E a música é a mais ambígua de todas as artes. É a ambigüidade tornada ciência. Espera! Ouve este acorde.. ou este. Podemos interpretá-lo como quisermos. Temos perante nós toda uma seqüência de combinaçõs matemáticas imprevistas e inesgotáveis! Um paraíso de ambiguidade em que tu mais do que ninguém. Fazes um regabofe, Não ouves? Não reconheces?
- Pára!
- É tua! A música é toda tua!

19 de jun. de 2010

Insight Cinematográfico IV

Se um dia pedirem um exemplo de uma experiência cinematográfica inusitada e espetacular que eu tive recentemente, citarei este filme do alemão Werner Herzog. Metafórico em todos os sentidos e cruel em sue essência.

14 de jun. de 2010

Insight Cinematográfico III

A ordem que estou inserindo os cartazes é a ordem que os mesmo aparecem na revista. Por exemplo: Um corpo que cai ocupa o número 04 ( de importância ?!); já Oito e Meio, o sexto lugar; e Psicose, o 35º.




10 de jun. de 2010

Insight Cinematográfico II

Nas duas semanas que se seguiram, iniciei as minhas andanças virtuais à procura dos filmes que me propus assistir. Lembrando que, dos 100 filmes da relação da Bravo, eu já havia assistido 26. Preferi não incluir na lista filmes como Os bons companheiros, M.A.S.H e Guerra das estrelas, que eu tenho certeza que já assisti, mas não lembro de muita coisa.

Fui muito pretensioso nas minhas primeiras escolhas: Godard, Bergman, Buñuel e Glauber Rocha. Criando em mim uma primeira inquietação; - Quem , daqui por diante, devo chamar de originais? Aquele que se apresentou, ou aquele que representou ?



Sobre as obras:

Acossado -

5 de jun. de 2010

Insight Cinematográfico


Enfim te vejo! - enfim posso,

Curvado a teus pés, dizer-te

Que não cessei de querer-te,

Pesar de quanto sofri.

Muito penei! Cruas ânsias

Dos teus olhos afastado

Houveram-me acabrunhado,

A não lembrar-me de ti!

Não! Não é Gonçalves Dias diante de sua amada Ana Amélia. Sou eu, apropriando-me do poema Ainda uma vez, Adeus, tentando explicar a minha satisfação diante de alguns filmes que eu sempre quis assistir e estou tendo a oportunidade de ver.

Tudo começou quando comprei a edição especial da Bravo sobre Os 100 filmes essenciais. Ao perceber que ainda não tinha assistido nem a metade daquelas maravilhosas obras tive um dos maiores insight da minha histórica vida cinéfila – Porque não assisti-los ?!

Já há algum tempo venho agradecendo a Nossa Senhora dos Download Gratuitos pelos filmes que tenho zipados da net. Até então, tinha me comportado como todo respeitado cinéfilo que teve acesso aos melhores filmes mundiais através da Sessão da Tarde e do Cinema em Casa; fui atrás dos meus filmes de infância, entre eles: O pássaro azul, As sete faces do Dr. Leo, A lagoa azul, Monty Python, O corcel negro, dentre outros.

Posteriormente, aqueles que eu sempre quis assistir, mas... não passaram na Sessão da tarde, dos quais: Querelle, Teorema, Bonitinha, mais ordinária, Pretty Baby, Toda nudez será castigada, e muito outros. Foi então que eu percebi que estava deixando os clássicos de fora, e me perguntei; - E Cidadão Kane? Se é considerado um dos mais (se não o mais) importante filme dentre milhares, porque eu ainda não o assisti ? E os filmes do Fellini, do Godard, Buñuel, Bergman, do Glauber Rocha?

Percebi que fui um cinéfilo quieto, acomodado, que absorveu apenas um cinema popular ou “arrasta-quarterão” como se falava antes. Num primeiro momento, sem culpa alguma, pois só tinha como opção os filmes que passavam nas sessões citadas. Num segundo momento, com mais possibilidade nas videolocadoras, mas essas também não tinham muitas opções de “clássicos’ ou “filmes-cabeça”. E este terceiro momento ou estação, na qual estou saindo da caverna dos “filmes efêmeros” e caminhando de encontro às obras fílmicas que influenciaram gerações e ainda influenciam muitos cineastas mundo afora. Estou indo de encontro aqueles filmes que a revista SET tanto discorria nas suas fascinantes matérias e que eu sabia que um dia iria encontrá-los.

Enfim te vejo! - enfim posso,

Curvado a teus pés, dizer-te

Que não cessei de querer-te

Mas vamos por parte. Alguns dos filmes "essenciais" da Bravo já faziam parte da minha lista. São estes: