10 de jul. de 2009

Exposição Virtual V - Tambor de Crioula


Manifestação folclórica de origem africana e surgida nas senzalas, o tambor de crioula era uma das poucas oportunidades dos escravos dançarem e cantarem sob o ritmo dos tambores tocados exclusivamente pelos homens. A tradição diz que apenas as mulheres dancem, sempre em roda, reverenciando seus tambores (de três tamanhos e sons diferentes) , também são conhecidos como crivador, meião e grande e aquelas dando as suas famosas “pungadas” ou “umbigada”. Hoje os grupos que existem sempre promovem festas em homenagem a São Benedito ( onde sempre há as ladainhas) e se apresentam dos arraias de São João, mas os locais para a realização dessa dança se tornaram os mais variáveis possível, se deixar, se apresentam até no carnaval (como nas famosas casinhas da roça). Sobre a Punga, diz José Ribamar Sousa dos Reis no seu “São João em São Luís” ( São Luis, 2003, p. 134); A Punga é da maior valia nessa dança: seu conceito para os brincantes é de muito respeito. O ato da Punga é o seguinte: quando o Tambozeiro bate a Punga, a mulher tem que marcar certo com ele, isto é, o tambor grande dá uma batida diferente e ela sai dançando e dá uma umbigada em outra dançarina. Aí, sai da roda e entra outra. Essas dançarinas são chamadas de Coureiras. A Punga é um convite à dança e se constitui no ponto alto, sensual e erótico desse bailado maranhense.








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