9 de jul. de 2009

O Teatro Maranhense - Refigorando-se

Com o apóio do DAC/Proex e do Centro de Ciências Humanas da UFMA , ontem houve a realização do trabalho de conclusão do curso de Licenciatura em Teatro do jovem Ivaldo Jr. com a peça Um jantar para Alice. O espetáculo teve a participação do Grupo Drao Teatro da In(Constância), e do talentoso Gilberto Martins (que este ano levou o troféu de melhor ator no Guarnicê com o curta Reverso, de Francisco Colombo).
Com essa peça encerra-se as apresentações desta primeira turma de licenciatura que poderiam escolher entre produzir uma monografia ou um espetáculo. Nos meses anteriores tivemos As cores de Frida (de Leônidas Portela) e Nós, o fragmento que nos resta (de Abimael Santos, Eldimir Faustino e Marinildes Souza), todos com o apoio do coordenador do curso; Luiz Pazzini.
Penso que este não é o momento para fazer observações mais técnicas sobre os espetáculos, mesmo por que, estamos falando de alunos que tiveram muita coragem de escrever roteiros, dirigir atores, procurar apóio, montar cenário e ainda levar o povo para o teatro (a divulgação dos espetáculos foram dignos de grandes produções). Imagino que os orientadores desses futuros professores e artistas ( já que uma coisa não impedi a outra, ao contrário, acrescenta) devem está orgulhosos dos seus discípulos, pois estes mostraram não só um talento inegável para encher o palco com infinitos efeitos e sensações estéticas, como a coragem de não seguirem a linha do teatro tradicional. Nesse quesito é admirável o que o Ivaldo Jr. fez com a Alice do Carol Lewis, a sua Alice é muito esperta, tão esperta que conclui que tudo aquilo é uma grande brincadeira e que não devemos levar a vida tão série, senão, todos irão se divertir a nossa custa.
Como disse o Profº Pazzini; “ Nenhum sonho é impossível quando corações e mentes de docentes e discentes, se projetam pela construção de um curso, que como o bambu, sempre flexível, nunca é arrancado pela tempestade.
Em outro campo, o de teorização e documentação, o curso também estar apresentando ótimos trabalhos, como o do recém-graduado Rodrigo França Silva com sua monografia O FRAGMENTO EM “IMPERADOR JONES: uma análise dos experimentos IV e V no processo de criação de Diálogo das Memórias – Imperador Jones. O trabalho tirou nota máxima e houve o interesse de transformá-lo em livro juntamente com outros dois trabalhos que analisam e discutem o fragmento e a encenação na/da peça O Diálogo das Memórias - O Imperador Jones encenada pelo grupo do prof° Pazzini. As encenações (apresentadas no 34º aniversário do Museu Histórico e Artístico do maranhão e no I Colóquio Walter Benjamim) implicaram na utilização de fragmentos de textos de autores consagrados como o americano Eugene O’Neill e a utilização de personagens populares como Negro Cosme e Ana Jansen e a nossa Balaiada, revigorando assim, não só o teatro no Maranhão, mas também relendo a nossa história tão rica e frutuosa.

Flaviano Menezes

Um comentário:

Rodrigo França disse...

O Teatro na Universidade existe para experimentações! é uma chance de fugir de padrões mercantilista que buscam a idéia de sucesso exclusivamente pela aceitação de um público maciço que será tranformado pelo capital em simples consumidores e não espectadores reflexivos! O Blog está de parabéns! Obrigado por me citar! Beijão!!